domingo, maio 10, 2015

Bienal Brasileira de Design trará para Florianópolis exposições, seminários e workshops

Mostrar ao Brasil a riqueza do design produzido em Santa Catarina e popularizar seu conceito para quem ainda acha que a palavra soa como algo sofisticado e distante. Essas são as metas centrais da Bienal Brasileira de Design, que a partir da próxima sexta­-feira (15) começa a espalhar por Florianópolis a importância de se pensar um objeto, especialmente os voltados ao uso comum. Assim, com o mote “Design Para Todos”, a principal exposição, com abertura marcada já para o primeiro dia, vai disseminar o uso de produtos para todas as camadas sociais, respeitando a diversidade.
“A intenção da bienal é valorizar a produção local e mostrar que design não é para privilegiados. Há uma tendência em as pessoas acharem isso, mas o design está em tudo, na cadeira que você senta, na entrada do seu prédio. Nosso objetivo é difundir a informação sobre o design”, destaca Freddy Van Camp, curador da bienal. Escalado para assumir o evento aos 45 do segundo tempo, quando parte da equipe se desligou da organização, Freddy pegou “o bonde andando”, mas desde então tem dedicado seus dias a fazer a bienal acontecer, contestando ter tentado colocar sua identidade nela. “Assim fica parecendo que a gente quer personalizar a coisa, e não é isso. Eu me baseei no trabalho da curadoria anterior, que foi bem feito. Se eu estivesse desde o início, talvez fizesse alguma coisa diferente”, esclarece. 
As seis exposições oficiais da bienal abrem entre os dias 15 e 23 de maio, assim como seminário internacional, realizado nos dois primeiros dias do evento. Além disso, uma série de outras mostras, workshops e palestras vão integrar a programação paralela, que seguirá ao longo de toda a bienal, até 12 de julho. Freddy estará em Florianópolis durante boa parte do evento, na abertura das mostras oficiais, na mediação do seminário e em visitas guiadas. E está pronto para todas as reações. “Sei que vou receber críticas, estou preparado para isso. Aliás, já estou recebendo antes de começar”, afirma o curador. “Estou feliz com a equipe que está nos ajudando. A bienal quase não aconteceu e muita gente vai se surpreender com ela, principalmente com a produção local. O visitante deverá tirar o máximo dela”.

Publicado no jornal Notícias do Dia

sexta-feira, maio 08, 2015

Ilustrador Eddy Barrows, da DC Comics, fará palestra amanhã em Florianópolis

Uma confusão na impressão do seu nome quando enviava por fax desenhos para editoras americanas transformou Eduardo Barros em Eddy Barrows. O equívoco, entretanto, veio a calhar: o brasileiro se tornou reconhecido nos Estados Unidos no mercado de HQs (histórias em quadrinhos) e hoje ostenta um contrato de exclusividade com a DC Comics, uma das maiores editoras do gênero do mundo, para quem já emprestou seus traços a personagens como Superman e Batman. A convite de um grupo de ilustradores, sócios do Studio 5, Eddy estará amanhã no Senai, em Florianópolis, onde participará de uma conversa com o público ligado ao universo dos HQs.
 Natural de Belém, no Pará, Eddy atualmente mora em Belo Horizonte, apesar de há anos prestar trabalhos exclusivos à editora norte-americana, sonho de adolescência de muitos ilustradores brasileiros e que ele lembra em detalhes como se tornou realidade. “Eu trabalhava no jornal ‘Estado de Minas’ quando entrei na DC, conciliei os trabalhos durante um ano e meio até o momento em que as coisas ficaram pesadas demais. Tive que fazer uma escolha, e como no jornal eu tinha carteira assinada e todas as normas de um funcionário, e na DC eu era apenas um freelancer, optei pelo jornal. Comentei isso com os meus editores na DC e eles pediram um tempo. Depois de uma semana, eles fizeram uma proposta de ter meus serviços com contrato de exclusividade. Com essa proposta eu mudei de ideia e assinei com a DC”, conta Eddy, que segue com exclusividade na editora até 2017.
Atualmente o trabalho que Eddy está desenvolvendo para a DC chama-se “Martian Manhunter” (Caçador de Marte) e é feito em parceira com o escritor Britânico Rob Williams. Juntos, eles estão dando vida nova a um personagem que nunca foi bem sucedido em uma série própria. “O desafio esta sendo bem agradável, temos uma mescla de ficção cientifica, suspense, drama e momentos bem engraçados. Creio que os fãs vão adorar o que estamos fazendo”, acredita o ilustrador.

No Brasil

Por ainda ter seu trabalho mais comentado lá fora do que no próprio país, Eddy admite a vontade de expandir seu nome no mercado brasileiro, ficando menos restrito às conversas de aficionados aos quadrinhos da DC Comics. Mas por enquanto, são só planos. “Estou trabalhando em etapas. No momento, até 2017 sou exclusivo da DC e o meu foco será o trabalho da editora, mas tenho meus projetos autorais, que pretendo lançar nos próximos anos. No momento e só o que posso falar sobre isso!”.
Para Eddy, o Brasil está hoje em sua melhor fase de produção de quadrinhos, mas ainda tem muito a crescer, principalmente no que diz respeito à vontade de empresários do ramo. “Muita coisa boa tem saído há anos, mas do pessoal independente. Assim que os empresários da área editorial começarem a investir pesado, teremos um cenário editorialmente forte no Brasil, já que talento temos de sobra”, afirma.

Muitos desses talentos, aliás, assim como Eddy, têm se aventurado no mercado internacional, especialmente como desenhistas e coloristas. Mas ele já avisa: para colocar os traços lá fora é preciso dedicação. “Conseguir espaço no mercado internacional envolve uma series de fatores, como talento, visão de mercado, ajustar-se ao sistema editorial mais rigoroso e saber trabalhar em equipe. Ter pelo menos o básico de inglês já ajuda bastante, afinal você terá que ir a convenções no exterior, terá que falar com os seus fãs ou com os seus editores”, reitera. “Além disso, minha dica é o treinamento normal de todo o artista, estudo de anatomia, paisagismo, composição, luz e sombra, desenho de animais, etc. Uma escola de artes ajuda bastante nesse processo ou vá a minha palestra no sábado, lá falarei sobre isso e muito mais!”, finaliza Eddy.

Publicado no jornal Notícias do Dia

sábado, abril 25, 2015

Prestes a abrir sua extensa programação, Jurerê Jazz Festival trará a Florianópolis turnê de despedida da orquestra cubana Buena Vista Social Club

Em meio a uma longa turnê mundial que marca sua despedida dos palcos após 16 anos de trajetória, a orquestra cubana Buena Vista Social Club desembarca em Florianópolis no mês de maio para se apresentar na 5ª edição do Jurerê Jazz. O festival, que trará ainda nomes como a americana Madeleine Peyrox, o sueco Ulf Wakenius, Trio Corrente e o grupo Christian Brenner Jazz Quintet, abre sua programação na próxima quarta-feira (29) e só encerra no dia 18 de maio, com a apresentação dos cubanos.
Prestigiada por manter viva a música e a cultura de seu país, a Orquestra Buena Vista Social Club é uma evolução do grupo que em 1999 estrelou o filme homônimo, dirigido por Wim Winders, e que conquistou amantes da música no mundo todo.  Assim, a “Adiós Tour” representa uma síntese dos mais de mil shows feitos durante os últimos 16 anos, envolvendo mais de 40 músicos. Durante esse tempo, o grupo se converteu em uma big band em que músicos veteranos e novatos se conectam para celebrar a tradicional música cubana.
Em entrevista por e-mail ao Notícias do Dia, Omara Portuondo, vocalista do grupo, considerada uma verdadeira diva da música cubana, falou sobre o carinho do público, a trajetória e as expectativas da última turnê do grupo.

Sempre houve uma preocupação por parte do grupo em manter os arranjos das músicas apresentadas nos shows o mais original possível?
Sim. Temos um imenso respeito às nossas tradições musicais, por isso fazemos com que as canções soem o mais fieis ao original possível.
É surpreendente para vocês que exista tantos jovens interessados na música tradicional cubana, sobretudo os próprios músicos que atualmente fazem parte da orquestra?
Bom, em nosso país há muito respeito pela cultura e pela música. As pessoas desde muito pequenas começam a tocar algum instrumento. É verdade que a juventude hoje em dia também está influenciada por novos sons e gêneros, mas o que não podemos negar é esse respeito pelas nossas raízes. Os novos integrantes da banda têm esse caráter, eles gostam de outras músicas, mas são muito honestos com o nosso som.
E quem são hoje esses músicos que acompanham o Buena Vista Social Club? Como eles chegaram à orquestra?
Do projeto original seguimos com vários músicos, mas ao longo do caminho foi se somando uma nova geração de excelentes músicos, como o pianista Rolando Luna, Guajirito Mirabal (neto de Guajiro) ou cantores como Carlos Calunga e Idania Valdés. Todos eles trazem uma bela ótima energia ao grupo.
Os ingressos para os concertos do Buena Vista Social Club sempre acabam muito rápido, e aqui em Florianópolis isso não foi diferente, principalmente por ser o último show. Como se sentem ao saber que existe tanta gente no Brasil, e no mundo, interessada na música cubana?
Como você deve imaginar, isso nos enche de orgulho e de muita alegria. A “Adiós Tour” é muito espacial para nós já que é nossa forma de agradecer a todos os que têm nos acompanhado e apoiado durante tantos anos. Para nós é uma honra sermos embaixadores da nossa música, e, sobretudo, que as pessoas nos apoiem com tanto carinho.
Vocês sempre mantiveram o hábito de tocar separados, com outros músicos, em outros projetos, quando estão em Cuba?
Quando estamos em Cuba costumamos sim tocar com outros músicos em outros projetos. Eu sempre que posso me junto aos mais jovens, ou às vezes me convidam para participar de eventos diferentes. Mas também procuramos nos encontrar para tocarmos todos juntos.
Como está agenda de shows da “Adiós Tour”? Vocês estão sempre viajando tanto, conseguem tirar um tempo para ficar em seu país?
Este ano está cheiíssima! Este ano temos um calendário completo de concertos que passa pela Europa, América Latina e Estados Unidos, não podemos nos queixar! E temos que aceitar que estaremos um pouco longe de nossa família e amigos.
Como será o programa do show de despedida aqui em Florianópolis?
É o nosso último show em Florianópolis então será muito especial. Teremos vários vídeos muito emocionantes e faremos uma homenagem muito especial a todos os músicos que já não estão mais conosco. A turnê também será acompanhada pelo disco do Buena Vista Social Club e por um maravilhoso livro, “Passaporte Orquestra Buena Vista Social Club”, onde podem ser encontrados todos os detalhes, histórias e muitas fotos da turnê. Estaremos esperando por vocês!

Extenso e relevante
Consolidado como um dos principais eventos de música do país, ao longo de suas cinco edições o Jurerê Jazz Festival se tornou responsável por dar aos catarinenses a chance de ver de perto nomes como Avishai Cohen, Paquito D’Rivera, Paulinho Moska e um encontro exclusivo entre Lenine e a orquestra Camerata Florianópolis. Este ano, com nove dias a mais de programação, o festival entra em um novo patamar.
O Jurerê Jazz se tornou o festival mais extenso do Brasil, com 20 dias de duração, além de ser um dos mais importantes por sua abrangência e por sua capacidade de trazer ao Brasil músicos de tamanha relevância, como o Buena Vista Social Club, a Madeleine Peyroux e o Ulf Wakenius”, destaca Abel Silva, idealizador do Jurerê Jazz.
E apesar do nome, não é apenas puramente de jazz que vive o festival. Este ano, além das atrações já citadas também passam pelo evento, em diversos pontos da cidade, nomes como a banda carioca Azymuth, que abre a programação na noite de quarta-feira (29) com uma mistura de jazz, samba e bossa nova, o grupo Blues Etílicos, que já entrega seu estilo no próprio nome, e o Mano a Mano Trio, que une ao jazz ritmos como choro e tango.

Atrações locais, como o Rivo Trio, o Floripa Jazz Combo e os músicos Felipe Coelho Leandro Fortes e Luiz Gustavo Zago também ganharam espaço na agenda do evento, a maioria com entrada gratuita. Um dos grandes destaques da programação será protagonizado inclusive por uma banda de Florianópolis. Na próxima quinta-feira (30), quando é comemorado o Dia Internacional do Jazz, a banda Brass Groove Brasil percorrerá a cidade em uma van, das 7h30 à meia-noite, levando jazz para diferentes espaços da cidade, incluindo terminais de ônibus.
Publicado no jornal Notícias do Dia

quarta-feira, abril 22, 2015

Kiss abriu turnê brasileira em Florianópolis na última segunda-feira (20) e enlouqueceu o público no Devassa on Stage

“Eu vou dizer Florianópolis, vou dizer Brasil e vocês vão dizer o meu nome!”
Se Paul Stanley ainda tinha alguma dúvida de que a platéia estava em suas mãos desde o primeiro segundo que pisou no palco do Devassa on Stage na noite da última segunda-feira (20), nessa hora ele deve ter se sentido um pouquinho com um Deus. Porque as cerca de dez mil pessoas paradas em sua frente fizeram exatamente o que ele pediu. E não foi uma e nem duas vezes.
No meio de todo aquele gelo seco e das labaredas que esquentavam o rosto de quem estava a poucos metros do palco, “Detroit Rock City” abriu o setlist estourando as caixas de som enquanto parte do público parecia ainda não acreditar que era realmente o Kiss ali na frente. O Kiss em Florianópolis, com direito a Gene Simmons cuspindo sangue, Eric Singer esmurrando a bateria, Tommy Thayer fazendo seus dedos ficarem invisíveis a cada solo de guitarra e Paul Stanley sendo... bem, sendo ele mesmo.  Um showman difícil de botar defeito.
Com gracejos que iam de “Essa é a primeira vez que viemos a Florianópolis, podemos voltar?” a “Olhem para vocês, olhem como vocês são lindos!”, Stanley não deixou que uma música emendasse na outra sem bater um papo com o público. Quando passava o microfone para o comando de Simmons – este de poucas palavras, mas com uma comprida língua que dificilmente ficava dentro da boca – ainda conseguia manter certa atenção para si. Isso porque quando não estava dançando uma coreografia totalmente particular, Stanley lançava uma palheta atrás da outra em direção ao público, que se jogava no chão na tentativa de encontrar o souvenir.
Ao longo de aproximadamente uma hora e meia o quarteto descarregou hits como “I Love it loud”, “Lick it up”, “Shout it out loud” e “I was made for lovin’ you” fazendo as dezenas de “The Demons” e “Stardchilds” de braços erguidos não parassem de cantar do início ao fim. E quando a gente achou que nada mais poderia impressionar depois do sanguinolento solo de baixo de Simmons e da subida de Singer e sua bateria aos céus, finalmente chegou “Rock’n’Roll all Night” com quilos de papel picado, fechando com láureas uma noite inesquecível até para o mais indiferente ser humano ali presente.

Mais energia, menos pau de selfie
Claro que sempre tem aqueles que passam mais tempo pintando uma estrela no olho para aparecer bem na selfie do que decorando refrãos e também aqueles que sempre vão preferir assistir ao show em casa pelas filmagens feitas com o celular, mas de um modo geral o público do primeiro show da turnê brasileira do Kiss estava mesmo mais preocupado em ver a banda ao vivo.
Salvo um ou outro celular ao alto nos momentos mais emblemáticos e um solitário pau de selfie na pista vip, os fãs de Kiss se preocuparam mais em olhar bem para o que acontecia no palco, afinal aquelas cenas dificilmente se repetiriam algum dia. Nesse caso, uma foto até era boa para devidos registros.

Sem empurra-empurra, sem moças subindo na nuca dos namorados, sem bêbados dando vexame e sem longas madeixas de roqueiros cintilando pelo ar, parece que Paul Stanley estava certo. Era um belo de um público.

Publicado no jornal Notícias do Dia

segunda-feira, abril 20, 2015

Comparada à Billie Holiday, cantora americana faz show no Festival Jurerê Jazz

Ela tem nome e sobrenome francês e seus primeiros palcos foram as charmosas e iluminadas ruas de Paris. Apesar disso, Madeleine Peyroux é americana de nascimento e criação, natural de Athens, cidade do estado da Geórgia, com passagens pela Califórnia e Nova York. Dona de uma voz constantemente comparada à de Billie Holiday, a cantora desembarca pela primeira vez em Santa Catarina no dia 18 de maio, para se apresentar em mais uma edição do Jurerê Jazz, que também traz à Florianópolis nomes como a orquestra cubana Buena Vista Social Club.
Filha de uma professora de francês com um americano descendente de franceses da Louisiana, aos 15 anos Madeleine deixou seu país de origem e foi ao encalço da mãe para a cidade da luz. Lá, conheceu artistas de rua e acabou inserida a um grupo de músicos que diariamente se apresentava pelas esquinas menos barulhentas. “Eu ter ido para Paris não foi crédito meu, mas da minha mãe. Ela era apaixonada pela cidade desde muito jovem e quando recebeu uma oferta de emprego lá, nós fomos. Foi onde conheci cantores de rua, larguei a escola e comecei a cantar com eles em frente a um clube de jazz”, lembra.
A voz forte que atingia sem dificuldade o tom de alguns dos principais artistas do gênero logo chamou atenção dos donos do estabelecimento que até então servia apenas de pano de fundo. Depois de serem convidados a se apresentar lá dentro, Madeleine e seu grupo partiram para uma longa turnê por cidades europeias. Na volta, após um período se apresentando sozinha em Paris, uma depressão a fez retornar aos Estados Unidos, em 1995. “Eu achava que iria voltar para a escola, que faria faculdade, não pensei que daria continuidade à carreira da cantora. Então surgiu o convite para gravar. Como não consegui bolsa para estudar, escolhi cantar”, revela.
O primeiro disco veio já no ano seguinte, com algumas composições próprias e interpretações de nomes como Patsy Cline, Bessie Smith e Billie Holiday, com quem até hoje vive sendo comparada. “Não quero que as pessoas venham me ouvir para ouvir a Billie Holiday, eu desenvolvo profundamente a minha voz. Mas às vezes eu concordo que existe uma semelhança, principalmente no começo, nas minhas primeiras gravações”, afirma Madeleine.

Fã da tropicália
Já acostumada a se apresentar em cidade como Rio e São Paulo, Madeleine confessa que em sua primeira passagem pelo Brasil se surpreendeu com o público e com a intensa ligação dos brasileiros com a música. “Na primeira vez em que estive no Brasil me surpreendeu o público ser tão caloroso, mas não fiquei surpresa por gostarem de jazz. Aí as pessoas gostam muito de música, e de música boa. Os brasileiros se tornam músicos naturalmente, não precisam ir à escola para isso”, observa.

Fã de música brasileira, principalmente da tropicália, Madeleine acabou ganhando bastante intimidade com o gênero em suas andanças pelo país e até tentou mergulhar na língua portuguesa, para compreendê-las melhor. “Aprendi algumas coisas do idioma para entender as letras, acho muito importante entendê-las, sobretudo da tropicália. Uma vez um jornalista me deu um disco do Tom Zé e eu traduzi todas as músicas, fiquei impressionada, ele é excelente”, conta a cantora.

Na próxima turnê brasileira, que dessa vez passa por Florianópolis, Madeleine vem com os músicos Jon Herington (guitarra) e Barak Mori (baixo), com quem trabalha há dez anos, e deve apresentar uma série de músicas que ainda não foram agravadas, além de canções do álbum “Keep Me In Your Heart for A While - The Best of Madeleine Peyroux”.